terça-feira, 1 de março de 2016

Batalha transparente



Me sinto preso em meu próprio corpo
Desafio as sombras que de repente surgem
Quero tanto, mas tenho tão pouco!
Os sonhos dentro de mim rugem

Subo o estreito caminho na montanha
Tentando matar cada mau sentimento
Mas a minha cansada alma nunca ganha
E a brisa surge como um pequeno alento

Chego ao topo da ironia e do caos
Entro na velha casa de madeira
Iluminada pela lua e por gritos maus
Desço chorando pela íngreme ladeira

De cara fechada e olhos de horizonte
Meu corpo se fecha como uma semente
Meu choro quebrou de vez a ponte
Entre a esperança e a minha despedaçada mente

Acendo minhas velas esperando um toque
Preciso do máximo possível de fé
Mas olho pra realidade e levo um choque
Impossível continuar e se manter de pé

Aos poucos minha alma caminha devagar
Rumo ao oceano frio e desolado
Existem coisas que não tem como apagar
Permanecerei eternamente abandonado?

Nenhum comentário:

Postar um comentário